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ALÉM GUADIANA

Associação Além Guadiana (língua e cultura portuguesas em Olivença): Antigo Terreiro de Santo António, 13. E-06100 OLIVENÇA (Badajoz) / alemguadiana@hotmail.com / alemguadiana.com

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Vamos votar na Madalena (melhor recanto espanhol de 2012)!

AG, 14.07.12

A igreja da Madalena é candidata ao melhor recanto de Espanha de 2012 (segundo a Repsol): http://apps.repsol.com/elmejorrincon/rincones.php

VAMOS VOTAR NELA!

 

Este templo parroquial de principios del siglo XVI, obra maestra del estilo manuelino, nos recuerda el pasado portugués de Olivenza (Badajoz), hoy una de las más hermosas villas de Extremadura.

Cuando el duro granito se retuerce

Hay una hora mágica, hacia el mediodía, en que los haces multicolores de las vidrieras dan de lleno en las columnas entorchadas de este templo y es como si el duro granito ardiera y se retorciese en la visión de un santo proclive a los éxtasis. Una columna entorchada, para el que sabe mirar, es mucho más que un fuste contorneado en espiral. Es el indicio (como los motivos decorativos marineros, típicos también del estilo manuelino) de que esta iglesia fue levantada por portugueses, lo cual a su vez es señal de que Olivenza fue alguna vez lusa.


Olivenza fue Olivença hasta 1801, en que cambió la suave cedilla por la zeta al pasar de manos portuguesas a españolas. La culpa fue de Napoleón, que obligó a Carlos IV a declarar la guerra a Portugal para echar de sus puertos a los barcos ingleses. Al final de aquella contienda en la que no le iba nada, España se quedó con Olivenza porque caía de este lado del Guadiana. Y Portugal, con la sensación de que esta hermosa villa le fue arrebatada en una guerra de otros, de ahí que aún haya lusos que la reclaman con vehemencia. Todo esto nos dice una columna entorchada.


Monumentos y azulejos portugueses

Han pasado dos siglos largos, y Olivenza sigue conservando la cara y la dulzura de cuando era lusa. El alcázar medieval, ceñido por un foso inundable –caso único en Extremadura–, posee una torre de 37 metros a la que puede subirse caracoleando por 17 rampas para desde su azotea tratar de intuir la ciudadela que el rey portugués don Dionís erigió a principios del siglo XIV y de la que sólo quedan en pie dos puertas, la de Alconchel y la de los Ángeles, absorbidas ambas por el casar de la villa. Otra cosa bien curiosa de ver es la azulejería portuguesa de la capilla de la Casa de la Misericordia,

que está alicatada hasta el techo con escenas bíblicas llenas de ingenuos anacronismos. Y otra, el puente Ajuda, un coloso de 390 metros de longitud que fue construido en el siglo XVI sobre el Guadiana, a 12 kilómetros de la villa, y que en 1709, durante la guerra de Sucesión española, voló por los aires. Hoy, españoles y portugueses comparten estas ruinas y disfrutan de su paseo, del mirador y del merendero en total paz y armonía.

ECOS:

radio(grafias) > Olivença: O património português do outro lado do Guadiana

Olivença - Igreja da Madalena, «uma das criações artísticas mais elevadas, e desconhecidas, da cultura portuguesa»

Um concurso com voto público propõe eleger o «Melhor Recanto de Espanha em 2012». Entre os candidatos está a Igreja da Madalena, na Estremadura espanhola. Para Joaquín Fuentes, presidente da associação Além Guadiana, «Olivença, cidade de duas culturas, faz parte do património espanhol e português» e a catedral é «uma das criações artísticas mais elevadas e desconhecidas da cultura portuguesa». Por seu turno, Carlos Luna, membro da direcção do Grupo dos Amigos de Olivença deixa a questão: «a que tipo de conclusão se quer chegar com esta "honra"?».

Ana Clara | quarta-feira, 18 de Julho de 2012


Ao longo do Verão de 2012, um concurso com voto público propõe-se eleger, depois de diversas eliminatórias, o «Melhor Recanto de Espanha em 2012». Entre os perto de 20 candidatos ao título, entre património natural e arquitectónico, está a Igreja da Madalena, em Olivença, na Estremadura espanhola. O templo, de feição manuelina, foi antiga sede do bispado de Ceuta no tempo dos portugueses.

A propósito desta menção, Joaquín Fuentes, presidente da Associação Além Guadiana (criada em 2008 por um grupo de cidadãos oliventinos com objectivos culturais e de dar a conhecer a língua e a cultura lusófona), começa por dizer que não conhece bem os pormenores do concurso. No entanto, considera «positivo qualquer tipo de reconhecimento da arte e da cultura de Olivença».

«Mais do que ganhar ou não o concurso, o importante é a divulgação da Madalena e, por extensão, a promoção do património oliventino. Em qualquer caso, os concursos têm importância relativa e as suas valorações são subjectivas», considera.

Neste caso, sublinha, «não há critérios científicos, só a opinião dos votantes» e sustenta que «o património não é comparável ou medível. Podemos comparar uma igreja manuelina e um castelo medieval? É mais bonito um palácio renascentista ou uma casa popular alentejana?», questiona, acrescentando que «os monumentos só podem ser considerados no seu contexto artístico, histórico e tipológico».

A este propósito faz questão de realçar um livro publicado recentemente sobre o universo artístico da igreja da Madalena, intitulado «Almas da Madalena», de José Antonio Carrillo. E sobre o monumento, garante, «as pedras não enganam» e «é claro que os monumentos oliventinos são portugueses».

«A “alma” da Madalena é portuguesa», diz, lembrando que este livro mostra precisamente «o carácter dual da cultura oliventina de hoje, fruto do seu passado partilhado». Partindo deste ponto, Joaquín Fuentes afirma que «faz sentido candidatar este monumento no contexto da Estremadura ou de Espanha, mas também do Alentejo ou de Portugal».

O presidente da «Além Guadiana» refere que Olivença «aparece nos guias turísticos da Estremadura espanhola como um conjunto histórico-artístico de grande personalidade pela sua herança portuguesa». Contudo, vinca que «costuma ser esquecida nas publicações turísticas de Portugal ou do Alentejo».

«Para além das fronteiras estão as culturas»:
«Penso que os guias portugueses deveriam, também, dedicar um espaço a Olivença e às suas aldeias. Fica o Alentejo turístico incompleto esquecendo os recursos monumentais, linguísticos e culturais oliventinos. Esquece-se, amiúde, Olivença, esquecendo também que, para além das fronteiras estão as culturas. E Olivença, cidade de duas culturas, faz parte do património espanhol e português».

Joaquín Fuentes refere que a igreja da Madalena é considerada a «jóia da coroa» de Olivença, mas também, sem dúvida, «uma das criações artísticas mais elevadas - e desconhecidas - da cultura portuguesa».

E faz uma comparação com outros monumentos nacionais: «Se tivéssemos de falar de um «top ten» das principais obras manuelinas, haveria que incluir a Madalena. Se a nossa Madalena estiver em Lisboa e não em Olivença, seria monumento de referência, um ícone para os turistas, junto aos Jerónimos e à Torre de Belém, obras também manuelinas, ou à Ponte 25 de Abril. Se há um movimento artístico propriamente português, esse é o manuelino».

Por tudo isto, realça que «reconhecer a importância da igreja manuelina da Madalena de Olivença é, também, reconhecer o valor deste monumento no contexto das artes portuguesas e a importância universal da arte manuelina».

Por fim, o responsável da «Além Guadiana» frisa que iniciativas focadas «num melhor conhecimento do património, tangível e intangível, de Olivença, podem contribuir para o seu desenvolvimento turístico, baseado numa cultura única na Península Ibérica. A cultura oliventina é um dos principais activos para o seu futuro desenvolvimento económico».

Por seu turno, Carlos Luna, membro da direcção do «Grupo dos Amigos de Olivença» (fundado em 1938, e que tem como principais objectivos a reintegração do território de Olivença em Portugal e a promoção da cultura oliventina) diz que este concurso lhe provoca «um misto de alegria, apreensão» mas também de «incómodo». O responsável admite que Olivença «ganhará com a distinção concedida para já», frisando, no entanto, que «a distinção maior é pouco provável» que aconteça.

«A sua população sentir-se-á orgulhosa. A sua Catedral, símbolo da Estremadura, à frente de monumentos de Badajoz, Cáceres, Trujillo, é algo surpreendente e lisonjeador», considera.
Contudo, há «muitas dúvidas que o assolam».

Carlos Luna, também professor de História na Escola Secundária de Estremoz, recorda que a Igreja da Madalena é uma catedral manuelina, antiga capital de bispado na época portuguesa. «É um dos maiores edifícios manuelinos portugueses existentes. Nela está sepultado Frei Henrique de Coimbra, o homem que rezou a primeira missa no Brasil em 1500, e que foi o primeiro Bispo dessa Catedral», recorda.

Mas deixa algumas questões no ar: «Como pode uma catedral manuelina, numa localidade cuja posse se discute, ser representativa da Estremadura espanhola? Não tem nada de estremenho. A que tipo de conclusão se quer chegar com esta “honra”? Lisonjear Portugal? Colocar um monumento manuelino como representativo de Espanha, ou, pelo menos, de uma província/região de Espanha? Lisonjear os oliventinos? Fazê-los crer que o seu monumento é típico?», questiona.

Por outro lado, vinca, «a divulgação do monumento só o beneficia. Pode favorecer Portugal, já que é uma jóia arquitectónica lusa e logo de estilo manuelino, o mais original do País». «É a jóia da coroa de Olivença, e os oliventinos sentem que aquela Igreja é uma afirmação derradeira da sua personalidade».

A igreja da Madalena é uma obra da arte manuelina portuguesa e foi construída no início do século XVI. Nela trabalharam os grandes arquitectos da época, como Francisco de Arruda e o Mestre Boitaca.

De recordar que o monumento foi sede do Bispado de Ceuta, antiga colónia portuguesa, e nela encontra-se o túmulo sepulcral de Frei Enrique de Coimbra, impulsionador da Madalena, primeiro bispo com residência em Olivença e o primeiro a realizar uma missa no Brasil no ano de 1500, como já foi referido.

Nas palavras de Joaquín Fuentes, a visão do espaço interior, das abóbadas e das colunas que parecem cordas de naus, «despertam inevitável assombro». «A igreja é um canto às aventuras marítimas do povo português, um perfeito esforço criativo e arquitectónico, enriquecido com elementos artísticos posteriores, sendo de destacar os azulejos e os magníficos retábulos barrocos joaninos», remata.

 

http://www.cafeportugal.pt/pages/noticias_artigo.aspx?id=5084&dossier=http://www.cafeportugal.pt/pages/dossier_artigo.aspx?id%3d5077&did=5077

 

 

 

2 comentários

  • Sólo un comentario, Repsol se equivocó, la Iglesia de la Magdalena pertenece a Olivenza y sólo a Olivenza. Olivenza se ​​mantiene lusa en su gente, su cultura, sus tradiciones. 1801 no ha cambiado nuestra nacionalidad, há cambiado nuestra libertad, de ser lo que siempre hemos sido. Nuestra identidad nacional no es de Extremadura, y nuestro presente y nuestro futuro es oliventino.
    Rafael Pereira
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