Além Guadiana em Lisboa: "Precisamos de apoio português"
Olivença: Associação 'Além Guadiana' apela a apoio português para manter acesa chama da língua
Lisboa, 12 mai (Lusa) - A associação 'Além Guadiana' apelou hoje a um maior apoio do Estado português e das diversas instituições ligadas à cultura, para "manter acesa a chama" da língua portuguesa em Olivença.
Lisboa, 12 mai (Lusa) - A associação 'Além Guadiana' apelou hoje a um maior apoio do Estado português e das diversas instituições ligadas à cultura, para "manter acesa a chama" da língua portuguesa em Olivença.
"Falta apoio português. Não só do Estado, mas também das instituições e dos media. Os meios de comunicação social portugueses deveriam ir a Olivença ver as coisas de outro prisma", afirmou Eduardo Machado, que aproveitou para sublinhar que o 'terreno' da associação "é apenas a cultura".
"Queremos tratar as coisas com naturalidade. Respeitamos todas as posições, mas o nosso terreno é a cultura", afirmou, referindo-se às rivalidades e preconceitos ainda existentes e à necessária mudança de mentalidades, sublinhando: "O português em Olivença não é uma língua estrangeira".
O responsável falava na primeira iniciativa pública da 'Além Guadiana' em Portugal, que decorreu na Casa do Alentejo, em Lisboa, e serviu não só para fazer um balanço dos três anos de atividades desta associação sem fins lucrativos mas também para apresentar a segunda edição do festival 'Lusofonias', que decorrerá em Olivença nos dias 28 e 29 deste mês.
Esta mostra cultural inclui desfiles de gigabombos, leitura pública em português, apresentações de documentários lusófonos e atuações nas áreas da música e teatro.
Está igualmente prevista uma exposição permanente de artesanato e gastronomia e uma atuação de alunos de português da escola Francisco Ortiz.
No balanço das atividades, o presidente da 'Além Guadiana' enalteceu o trabalho da associação sobretudo com os jovens e sublinhou os resultados obtidos, realçando que a luta que trava é "para que Olivença mantenha o carácter bicultural".
Como exemplo da boa resposta às propostas da associação, Joaquim Fuentes apontou os cartazes de informação/sinalização turística, que passaram a incluir também texto escrito em português, e a mudança na toponímia, uma vez que além do nome atual, algumas ruas receberam novas placas a indicar o seu antigo nome, antes daquele território passar a ser tutelado por Espanha.
Mostrando uma imagem da igreja da Madalena, em Olivença, Joaquim Fuentes realçou que aquele monumento foi construído com a participação de um arquiteto que esteve igualmente envolvido na empreitada do Mosteiro dos Jerónimos.
"É evidente que Portugal está em Olivença", afirmou, apontando para a fotografia da igreja da Madalena.
O responsável adiantou ainda que foi feita uma proposta à Junta da Extremadura para que o português de Olivença fosse reconhecido como "de interesse cultural".
SO
Lusa/fim
Fonte:
Associação 'Além Guadiana' apela a apoio português para manter acesa chama da língua
Sexta, 13 Maio 2011 10:24 |
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A associação ‘Além Guadiana’ apelou a um maior apoio do Estado português e das diversas instituições ligadas à cultura, para “manter acesa a chama” da língua portuguesa em Olivença.
“Falta apoio português. Não só do Estado, mas também das instituições e dos media. Os meios de comunicação social portugueses deveriam ir a Olivença ver as coisas de outro prisma”, afirmou Eduardo Machado, que aproveitou para sublinhar que o ‘terreno’ da associação “é apenas a cultura”.
“Queremos tratar as coisas com naturalidade. Respeitamos todas as posições, mas o nosso terreno é a cultura”, afirmou, referindo-se às rivalidades e preconceitos ainda existentes e à necessária mudança de mentalidades, sublinhando: “O português em Olivença não é uma língua estrangeira”.
O responsável falava na primeira iniciativa pública da ‘Além Guadiana’ em Portugal, que decorreu na Casa do Alentejo, em Lisboa, e serviu não só para fazer um balanço dos três anos de atividades desta associação sem fins lucrativos mas também para apresentar a segunda edição do festival ‘Lusofonias’, que decorrerá em Olivença nos dias 28 e 29 deste mês.
Esta mostra cultural inclui desfiles de gigabombos, leitura pública em português, apresentações de documentários lusófonos e atuações nas áreas da música e teatro.
Está igualmente prevista uma exposição permanente de artesanato e gastronomia e uma atuação de alunos de português da escola Francisco Ortiz.
No balanço das atividades, o presidente da ‘Além Guadiana’ enalteceu o trabalho da associação sobretudo com os jovens e sublinhou os resultados obtidos, realçando que a luta que trava é “para que Olivença mantenha o carácter bicultural”.
Como exemplo da boa resposta às propostas da associação, Joaquim Fuentes apontou os cartazes de informação/sinalização turística, que passaram a incluir também texto escrito em português, e a mudança na toponímia, uma vez que além do nome atual, algumas ruas receberam novas placas a indicar o seu antigo nome, antes daquele território passar a ser tutelado por Espanha.
Mostrando uma imagem da igreja da Madalena, em Olivença, Joaquim Fuentes realçou que aquele monumento foi construído com a participação de um arquiteto que esteve igualmente envolvido na empreitada do Mosteiro dos Jerónimos.
“É evidente que Portugal está em Olivença”, afirmou, apontando para a fotografia da igreja da Madalena.
O responsável adiantou ainda que foi feita uma proposta à Junta da Extremadura para que o português de Olivença fosse reconhecido como “de interesse cultural”. |
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