Queremos salvaguardar o português oliventino
O português oliventino será salvaguardado
No passado 16 de julho de 2012, foi assinada, na Sala de Sessões da Câmara Municipal, a Convenção Quadro de Colaboração entre a Câmara Municipal de Olivença e a Associação Cultural Além Guadiana, para a Recuperação e Compilação do Português Oliventino.
Esta Convenção tem como objetivo contribuir para valorizar o património linguístico de Olivença e consiste na criação de um amplo banco de dados sonoro recolhido a falantes de português deste concelho.
A iniciativa permitirá salvaguardar um singular legado que a enriquece culturalmente, e a compilação constituirá uma valiosa fonte para estudos propriamente linguísticos, mas também sociológicos ou etnográficos, com fins didáticos ou culturais, entre outros.
Falado ininterrompidamente desde a Idade Média até hoje, o português já só é língua materna nas camadas mais idosas de Olivença e das aldeias, como São Jorge da Lor e São Bento da Contenda, e já está em risco de desaparição, o que faz especialmente necessária a recolha e preservação, em suporte sonoro, desta variedade dialetal.
Este trabalho compilatório será realizado pelo Além Guadiana, em colaboração com a Universidade da Estremadura e conforme o ordenamento, procedimentos e critérios dela.
Esta convenção já assinada é uma atividade enquadrada no projeto Circuito Turístico por Terras Raianas 0336_CTPRT_4_E, dentro da Iniciativa Comunitária POCTEP, e cofinanciada com fundos FEDER.
ECOS:
Língua - Português oliventino vai ser salvaguardado em registo sonoro
Contribuir para valorizar o património linguístico de Olivença, na Estremadura espanhola, e a criação de um banco de dados sonoros recolhido junto dos falantes do português oliventino são os principais objectivos da Convenção Quadro de Colaboração. O documento assinado entre o município de Olivença e a associação Além Guadiana visa preservar no futuro um subdialecto falado há séculos, hoje em vias de extinção.
A associação sublinha que a Convenção justifica-se tendo em conta que o «português [oliventino], um subdialecto falado ininterruptamente desde a Idade Média até hoje, já só é língua materna nas camadas mais idosas de Olivença e nas aldeias, como São Jorge da Lor e São Bento da Contenda».
Este trabalho de campo compilatório será realizado pela Além Guadiana em colaboração com a Universidade da Estremadura. Um levantamento que «constituirá uma valiosa fonte para estudos linguísticos, mas também sociológicos ou etnográficos, com fins didácticos ou culturais, entre outros», explica a associação em comunicado.
Recorde-se que o português oliventino ou português de Olivença é falado há séculos em Olivença e em Táliga. A região oliventina foi, até a década de 1940, bilingue, com maioria lusófona. Todavia, a geração da época começou a usar com os filhos o espanhol. No século XXI, o português oliventino quase desapareceu completamente. O português estuda-se actualmente na escola, mas como língua estrangeira.
A Além Guadiana foi criada a 14 de Março de 2008 por um grupo de cidadãos oliventinos com objectivos culturais. Entre os objectivos que se propõe cumprir estão: a promoção da língua e cultura lusófonas e contribuir para que não se perca a memória portuguesa em Olivença, bem como o património com cunho nacional.
O âmbito da associação incide nos concelhos de Olivença (que inclui as aldeias de São Jorge da Lor, São Bento da Contenda, Vila Real, São Domingos de Gusmão, São Rafael e São Francisco de Olivença) e Táliga, pertencentes a Portugal até 1801 e último território a incorporar-se na administração espanhola.
A Convenção, agora assinada, está enquadrada no âmbito do projecto «Circuito Turístico por Terras Raianas» e é co-financiada por fundos europeus.

Portugués oliventino en conserva
NOTICIA DE LAURA GONZÁLEZ ANDRADE23/07/2012
La asociación Além Guadiana elaborará un banco de datos sonoro con relatos de los luso-hablantes.
«Olivenza es un tesoro. No hay un lugar en la península ibérica que tenga la historia y las particularidades de la localidad, que cuenta con un pasado compartido que es necesario proyectar al futuro» comenta Joaquín Fuentes Becerra, el presidente de la asociación cultural Além Guadiana.
El portugués es una de las lenguas propias de la villa, que aún hoy es hablada por los mayores y ha sido utilizada sin interrupción desde la Edad Media. Sin embargo, esa lengua materna, la memoria de muchos oliventinos, tiene fecha de caducidad. En la actualidad, los luso-hablantes cuentan con más de 60 años.
Por ello, para que Olivenza, a la que hace singular esa dualidad cultural, se convierta en punta de lanza en políticas de fomento de la lengua portuguesa, y para que ese patrimonio intangible perdure en el tiempo, desde Além Guadiana se ha rubricado un convenio marco de colaboración con la Universidad de Extremadura y el Ayuntamiento de Olivenza.
Con ello se pretende que las generaciones venideras tengan acceso al portugués oliventino en un futuro, al tiempo que se incremente el valor cultural y patrimonial de la localidad.
Entre las acciones que se llevarán a cabo destaca la elaboración de un banco de datos sonoro que posibilite la recopilación del portugués. El objetivo, que éste pueda ser salvaguardado para evitar su desaparición con las personas que aún hoy lo practican.
Desde la asociación consideran necesario que la gente adquiera conciencia del valor que tiene la lengua portuguesa en la localidad, por lo que es «urgente y necesaria» su recuperación.
Para conseguirlo, se elaborará un banco de datos sonoro creado a partir de los relatos de los últimos luso-hablantes, generalmente personas mayores de 65 años, de sexo femenino y que mantengan la mejor conservación de su dentadura, que puedan aportar sus vivencias, refranes, canciones u oraciones.
Além Guadiana solicita a los vecinos de Olivenza y de sus aldeas, así como a aquellos que vivieron en la localidad y por algún motivo tuvieron que salir fuera de ella, a que abran sus puertas para ofrecer relatos de vivencias antiguas y cuestiones sociológicas de inicio de siglo, para ayudar a formar una historia reciente de la localidad. La investigación comenzará en el mes de agosto.
En fase posterior, se realizará un estudio lingüístico con transcripciones fonéticas con el fin de obtener los rasgos distintivos del portuges oliventino, teniendo en cuenta la influencia de la castellanización, y a continuación, la asociación prevé editar una publicación que recogerá los relatos, para facilitar su acceso a la población.
El trabajo será realizado por Eduardo Naharro, vocal de Além Guadiana. La firma de este convenio está enmarcada en el proyecto Circuito Turístico Por Tierras Rayanas que se encuentra encuadrado dentro de la Iniciativa Comunitaria POCTEP y cofinanciado por fondos FEDER, y cuenta con una ayuda de 6.600 euros para sufragar gastos de material y publicaciones.
http://www.hoyolivenza.es/actualidad/2012-07-23/portugues-oliventino-conserva-0023.html

Decorreu, na passada segunda-feira, 16 de Julho, na Sala de Sessões do Aiuntamiento a assinatura da Convenção Quadro de Colaboração, entre o Aiuntamiento de Olivença e a Associação Cultural Além Guadiana, para a Recuperação e Compilação do Português Oliventino.
O objectivo desta convenção visa contribuir para a valorização do património linguístico de Olivença e consiste na criação de um banco de dados, sonoro, recolhido dos falantes de português do concelho.
O trabalho de compilação estará a cargo da Além Guadiana em colaboração com a Universidade da Estremadura.
A convenção, agora assinada, é uma actividade co-financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e enquadra-se no projecto Circuito Turístico por Terras Raianas incluído na Iniciativa Comunitária POCTEP - Programa de Cooperação Transfronteiriço Portugal-Espanha.
http://www.linhasdeelvas.net/pagina/edicao/4/17/noticia/11352



E UMA COMPILAÇÃO DE BOAS NOTÍCIAS DE OLIVENÇA NO "CAFÉ PORTUGAL":
http://www.cafeportugal.net/pages/dossier_artigo.aspx?id=5077