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Associação Além Guadiana (língua e cultura portuguesas em Olivença): Antigo Terreiro de Santo António, 13. E-06100 OLIVENÇA (Badajoz) / alemguadiana@hotmail.com / alemguadiana.com
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Uma barca do Guadiana é a "peça do mês" do Museu Etnográfico "González Santana", de Olivença:
http://www.museodeolivenza.com/piezames_archivos/image005.jpg
A barca, "construída em Cheles e usada por um morador de Vila Real" (como diz o museu), era do meu avô, pescador, filho, sobrinho e pai de pescadores. Do Guadiana (entre Cheles e Badajoz...). Nascera num lugar à beira do rio, na Barca do Guadiana. Conhecia o rio (quando era um rio) como os peixes desse rio. Pescou ainda com quase (ou sem o quase) 90 anos. E no inverno, fora e dentro do rio. O rio...
E o meu pai é talvez o último pescador tradicional desse troço do Guadiana; do lado oliventino.
Com eles conheci o trasmalho, a tarrafa, soube distinguir alguns dos peixes do rio... Conheci algumas ilhas (como a Ilha) do rio, já inexistentes, comi iguarias que [quase] não se encontram... Mas não fui pescador.
Hoje, o rio já não é rio nessa altura. Infelizmente. É pena.
Eu nunca mais fui ao rio, que já não é o rio. Nunca vi a barragem olhando desse lado vila-realense. Nem quero.
Obrigado, museu.
Obrigado, avô. Obrigado, pai.
Manuel Sánchez
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Passeio de Jornalistas - «Na outra margem do Guadiana»
O Passeio de Jornalistas regressa à estrada de 9 a 11 de Julho, desta feita com um pulo de fronteira, «Na outra margem do Guadiana?». Olivença vai ser motivo para reencontros, sonoridades de fala e de música que nos são familiares. Cruzando rostos e sentimentos, sondando projectos comuns, passeando memórias e sonhos.
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A megalomania é má. Uma barragem tão grande destrói o Guadiana, destrói uma aldeia e destrói terras à volta.
As quatro partes do documentário:
http://www.youtube.com/watch?v=PcuKI1RCbI0&feature=PlayList&p=F97A47E1CEA5E8E6&index=0&playnext=1
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Que saudades do Guadiana, compadres! Das tarrafas, dos peixes, do rio... Mas já nem há pescadores nem nada. Nem Guadiana, claro, com essa barragem enorme que fizeram acabaram com ele (ou "ela", como dizem os pescadores).
Podem ver o último pescador tradicional oliventino (quase com certeza).
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Vamos ouvir, cantar e bailar:
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Sempre gostei de caminhar além Guadiana, junto à velha ponte manuelina da Ajuda, um lugar que sinto a estranha necessidade de reencontrar uma e outra vez. A ponte truncada, as pedras de xisto desgastadas pela passagem milenária da água procurando o mar e os juncos que beijam a beira fazem parte daquela paisagem dormida há muitos anos.
Naquela tarde de Verão passeava com a minha família. Nenhuma alma mais na tranquila paragem do Guadiana. A noite estava próxima e, ao fundo, podíamos ver a silhueta da ponte com o Sol a pôr-se ao fundo. Olhávamos comprazidos aquela magnifica cena quando o meu filho fez-me uma pergunta surpreendente: “Papá, ¿qué hace aquel elefante en lo alto del puente?”. “El elefante… ¿qué elefante?, perguntei-lhe com estranheza. “Aquél, aquél”, contestou-me apontando para o alto da ponte.
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