Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

ALÉM GUADIANA

Associação Além Guadiana (língua e cultura portuguesas em Olivença): Antigo Terreiro de Santo António, 13. E-06100 OLIVENÇA (Badajoz) / alemguadiana@hotmail.com / alemguadiana.com

ALÉM GUADIANA

Associação Além Guadiana (língua e cultura portuguesas em Olivença): Antigo Terreiro de Santo António, 13. E-06100 OLIVENÇA (Badajoz) / alemguadiana@hotmail.com / alemguadiana.com

Contadôri

Flag Counter

Barca do Guadiana no museu de Olivença

AG, 03.03.11

Uma barca do Guadiana é a "peça do mês" do Museu Etnográfico "González Santana", de Olivença:

http://www.museodeolivenza.com/piezames_archivos/image005.jpg

 

A barca, "construída em Cheles e usada por um morador de Vila Real" (como diz o museu), era do meu avô, pescador, filho, sobrinho e pai de pescadores. Do Guadiana (entre Cheles e Badajoz...). Nascera num lugar à beira do rio, na Barca do Guadiana. Conhecia o rio (quando era um rio) como os peixes desse rio. Pescou ainda com quase (ou sem o quase) 90 anos. E no inverno, fora e dentro do rio. O rio...

 

E o meu pai é talvez o último pescador tradicional desse troço do Guadiana; do lado oliventino.

 

Com eles conheci o trasmalho, a tarrafa, soube distinguir alguns dos peixes do rio... Conheci algumas ilhas (como a Ilha) do rio, já inexistentes, comi iguarias que [quase] não se encontram... Mas não fui pescador.

 

Hoje, o rio já não é rio nessa altura. Infelizmente. É pena.

 

Eu nunca mais fui ao rio, que já não é o rio. Nunca vi a barragem olhando desse lado vila-realense. Nem quero.

 

Obrigado, museu.

 

Obrigado, avô. Obrigado, pai.

 

Manuel Sánchez

 

Mais informação:

 

 

Jornalistas em Olivença... a passear

AG, 06.07.10

 

 

Passeio de Jornalistas - «Na outra margem do Guadiana»

O Passeio de Jornalistas regressa à estrada de 9 a 11 de Julho, desta feita com um pulo de fronteira, «Na outra margem do Guadiana?». Olivença vai ser motivo para reencontros, sonoridades de fala e de música que nos são familiares. Cruzando rostos e sentimentos, sondando projectos comuns, passeando memórias e sonhos.

Café Portugal | segunda-feira, 5 de Julho de 2010

Um Passeio com um apelo e um fim: Esquecer todos os lugares comuns escutados sobre as gentes de Olivença e partir em busca de respostas.

 

 

 

O elefante da ponte

AG, 10.10.08

Sempre gostei de caminhar além Guadiana, junto à velha ponte manuelina da Ajuda, um lugar que sinto a estranha necessidade de reencontrar uma e outra vez. A ponte truncada, as pedras de xisto desgastadas pela passagem milenária da água procurando o mar e os juncos que beijam a beira fazem parte daquela paisagem dormida há muitos anos.

Naquela tarde de Verão passeava com a minha família. Nenhuma alma mais na tranquila paragem do Guadiana. A noite estava próxima e, ao fundo, podíamos ver a silhueta da ponte com o Sol a pôr-se ao fundo. Olhávamos comprazidos aquela magnifica cena quando o meu filho fez-me uma pergunta surpreendente: “Papá, ¿qué hace aquel elefante en lo alto del puente?”. “El elefante… ¿qué elefante?, perguntei-lhe com estranheza.  “Aquél, aquél”, contestou-me apontando para o alto da ponte.